A chacina mais complexa e comentada dos últimos tempos, tem como único suspeito Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos. O mesmo é acusado de ter cometido suicídio após ter assassinado os pais, que eram policiais militares, a avó e a tia-avó. Suposições estas fornecidas pela polícia paulista e incansavelmente divulgada pela mídia na tentativa de se colocar finalmente um ponto final no caso.
Seria apenas mais um caso, onde um adolescente revoltado, encorpora um assassino em série, extermina seus familiares e se mata no final. Totalmente perfeito, para um roteiro de filme de terror onde nos acostumamos a ver um monte por aí. Mas, voltando a realidade ...
Chama a atenção, que toda a linha de investigação esteja direcionada apenas a um único suspeito e pior sem nenhuma prova concreta. Será que Marcelo estivesse vivo seria da mesma forma? ou porque atribuir culpa a uma pessoa falecida é mais fácil ? Perguntas complexas, mais que descrevem perfeitamente a atual linha de investigação.
Na verdade, estão procurando chifre na cabeça de cavalo. Alegações como o fato do adolescente ser canhoto, a declaração de um amigo à polícia, também de 13 anos, onde Marcelo dizia que queria matar os pais, fugir no carro da família e virar matador de aluguel ou até mesmo uma postagem realizada pelo mesmo ano passado onde citava o massacre de Amityville. Caso que aconteceu em 1974, nos Estados Unidos, onde uma jovem de 23 anos matou os pais, dois irmãos (de 9 e 12 anos) e as irmãs (de 13 e 18 anos), estão sendo levadas como provas e pior, suficientes para polícia apontar um assassino.
Não poderia deixar de citar a polêmica declaração do coronel Wagner Dimas, onde a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini, teria denunciado colegas de trabalho que estariam envolvidos em roubos a caixas eletrônicos. Declaração esta não declarada, dita mais não falada, como tudo que envolve o caso. Mas, essa informação não seria um ponto de partida mais concreto para a investigação ?
Mas, polícia investigar polícia ? Nunca ! Não podemos perder o hábito de estuprar a ética e a imparcialidade da legislação; Então, cabe apenas sermos platéia desse circo que já foi armado, onde o palhaço é o vilão que já saiu de cena e o dono do circo já está contabilizando os lucros.